21 fevereiro 2013

É conversando que a gente se entende!


Quando eu estava grávida, eu conversava bastante com o Enry. Sempre achei isso bem importante.

Depois que o filhote nasceu, passei não só a conversar, mas explicar todos os nossos passos, desde o primeiro dia de vida. No começo, falava bem baixinho, bem pertinho do ouvidinho dele.

Quando era a hora do banho, eu explicava todos os procedimentos. Ou quando era num daqueles dias chatos de vacina, eu explicava que ia picar e que talvez doesse um pouco, mas isso era muito importante e que ele teria que aguentar firme.
Hoje ele tá com quatro anos e a rotina de explicações e conversas segue quase do mesmo jeito. Quase porque agora ele questiona!

Na hora do banho, ele argumenta, explica que não quer agora, pede mais cinco minutos, tenta reverter o quadro e escapar do banho lembrando que já tomou banho (ao que respondo: “sim, é verdade! Você já tomou um montão de banho na tua vida, mas vai ter que tomar mais um”) e assim seguimos com todos os outros afazeres e decisões que tomamos.
Claro que a grande maioria das coisas tem que ser conversada minutos antes do que estou planejando. Ele ainda não tem noção de tempo, então contar uma coisa hoje (uma festinha, por exemplo) que só vai acontecer daqui há três dias ou mais, só causa ansiedade e impaciência no filhote.

E nessa semana que passamos uma noite em observação no hospital, (contei no meu blog aqui) foi que me dei conta do tamanho do bem que eu estou fazendo ao meu filho. Foi uma noite bem estressante, eu estava com muito medo, o pai dele também. E acho fundamental não deixar que ele perceba isso. Acho importante que ele encontre segurança nas únicas pessoas que ele conhece naquele lugar estranho, cheio de coisas assustadoras (agulhas assustam até marmanjos!) e pessoas desconhecidas.

E esse hábito passa muita segurança pra ele. Desde o primeiro momento que percebi que teria que leva-lo ao PS, falei pra ele que como eu não sabia o que ele tinha, era muito importante a gente conversar com o médico, porque ele poderia nos ajudar.
Fiz isso durante a noite toda. Todo medicamento, eu explicava pra ele pra que servia, toda agulhada eu repetia que sabia que ele estava com medo, mas que era muito importante, pois isso o ajudaria a ficar bom logo. A cada banho gelado eu dizia que entendia que ele não queria tomar banho, que sabia que a água estava fria, mas que era preciso pra ajudar a baixar a febre. E sempre repetindo o amor que sentíamos por ele.
E cada vez que eu olhava no olhinho dele cheio de lágrimas e falava sobre os procedimentos com muita calma (que só Deus sabe de onde vem!) ele engolia o choro, tentava questionar, mas no final respondia: “Tá mamãe!”.

Outra coisa legal é que ele me pede pra que eu converse com os médicos sobre coisas que ele não quer fazer, tipo, ele não quer deitar na maca pra fazer um exame que pode ser feito sentado, eu sempre digo que vou conversar com o médico e na hora do exame eu digo “Doutor, o Enry queria muito perguntar se pode fazer o exame sentado” ou “enfermeira o Enry queria que você tirasse o acesso do bracinho dele com muito cuidado, porque ele está com medo”, acho que isso nos aproxima, pois ele sente que estou do lado dele e humaniza os profissionais também!

E isso acaba facilitando muito os procedimentos, pois ele colabora!
Então mamães corujas, é assim que eu faço por aqui. Alguém ai usa uma técnica diferente? Conta pra gente!


Por Ivna Pinna

7 comentários:

  1. adoreei a técnicaa!
    que mãezona genteeee!!!
    Iv, Parabéns viiu...
    Dá um abraço bem apertado no Enry por mim...
    bjão
    perolasdealanis.blogspot.com

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  2. Ah q lindo Ivna, um carinho e um amor tão grande.
    Por aqui tb gosto de explicar e conversar mt com o Joseph, mas ele é meio sem paciência sabe... kkkk
    Adorei o post, bjs
    http://cphilene.wordpress.com/

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  3. Ai Ivna que bom que seu filho se acalma com suas explicações.
    Eu tento explicar para minhas meninas também, mas nem por isso elas facilitam as vezes, principalmente a Rafaela que tem verdadeiro horror a médico, enfermeira etc.

    tri-beijos
    Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/

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  4. Aqui conversamos MUITO também Ivna! Acho que funciona explicar tudo direitinho.

    Bj!

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  5. Comadre! O diálogo sempre faz diferença. Eu concordo com você que a conversa entre mãe e filho é de altíssima qualidade. Eu sempre converso com a Laura, por exemplo, lembrando-a das boas maneiras dentro e fora de casa. E funciona na maioria das vezes. Beijo!!!

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  6. Oi Ivna,
    amei o post.
    Nada como uma boa conversa entre mães e filhos.
    Beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/

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  7. eu nunca falei com a barriga, ate tinha inveja das mães q conversavam, ms eu ñ conseguia, so q hj em dia conversamos muito! na verdade desde q ela nasceu explico tudo bem explicadinho^^ falta so ela começara entender rsrs bjssssssss

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