12 março 2014

Vacinação contra HPV começou nesta segunda (10/03) no SUS

A partir desta segunda (10), a vacina contra o HPV (papiloma vírus humano) começou a ser oferecida no SUS e em escolas públicas e privadas, inicialmente, para meninas de 11 a 13 anos.
vacina_hpv (Foto: shutterstock)Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, o público será ampliado e meninas de 9 e 10 anos também serão contempladas pela vacinação. A partir de 2016, a ação ficará restrita às garotas de 9 anos. Até 2016, o objetivo é imunizar 80% do total de 5,2 milhões de meninas de 9 a 13 anos no país.

O esquema vacinal será dividido em 3 doses. Após tomar a primeira, as meninas devem ser vacinadas novamente com intervalo de 30 a 60 dias e receber a terceira aplicação com 6 meses de intervalo da primeira dose.
Aproximadamente 15 milhões de vacinas serão distribuídas. Caso você opte por não imunizar sua filha, é necessário enviar, à escola, um termo de recusa. Quando se aproximar a data de tomar a segunda e a terceira doses, a garota receberá uma carta, informando o endereço do posto de saúde onde será vacinada – isso será possível graças a um sistema que armazena dados como nome, endereço e telefone de cada menina.
Sobre o HPV
O vírus do papiloma humano é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer do colo de útero, o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres. Ele é transmitido por meio do contato sexual. Estima-se que mais de 290 milhões de mulheres no mundo sejam portadoras do HPV. No Brasil, cerca de 685 mil pessoas são infectadas pelo vírus a cada ano e 4.800 mulheres morrem em decorrência do câncer de colo de útero.
A idade mínima para tomar a primeira dose foi definida a partir de pesquisas sobre o início da vida sexual das adolescentes brasileiras. Atualmente, cerca de uma em cada cinco mulheres no oitavo ano do ensino fundamental (13 ou 14 anos) afirma já ter feito sexo, de acordo com dados do Ministério. As evidências científicas mostram que a imunização é mais eficaz quando introduzida antes do início da atividade sexual.
Por ser tratar de um vírus relacionado à atividade sexual, o Ministério quer evitar que se construam tabus em torno do problema. Por isso, será preciso deixar claro que avacina não eliminará a necessidade de uso da camisinha durante as relações sexuais, já que a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV nem contra outras doenças sexualmente transmissíveis. O teste de Papanicolau também não deve ser esquecido. A longo prazo, o governo avaliará o impacto da vacina, medindo a incidência do câncer de colo de útero e o índice de mortalidade da doença.

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