Então é Natal...

Eu sempre gostei de Natal. Mesmo raramente comemorando na véspera, eu sempre me lembro das comemorações dessa época. Comida farta, família reunida, gente feliz, crianças correndo pelo quintal da vovó, e toda essa coisa típica que o natal proporciona.

O Natal perdeu a graça na nossa família em 2001, com o falecimento da minha mãe ninguém mais viu graça em comemorar. E sempre tentávamos marcar algo, um amigo oculto, um almoço no dia 25, e sempre que rolava não tinha a mesma graça.

E somente em 2008 eu comemorei o natal novamente, na casa do meu namorado (hoje, companheiro). E foi um Natal típico, com muita comida, bebida, família reunida, crianças correndo e esperando o papai Noel. Mas ainda era muito complicado para mim.
Tudo mudou quando a Beatriz nasceu em 2009 e hoje arrisco até mesmo uma decoração natalina. Uma luzes pisca pisca, um papai Noel dançante, e por aí vai.

E eu te pergunto: qual o significado do natal para você?
Crenças a parte eu sempre gostei da comemoração pela união da família, pelo clima de final de ano, e quando mais nova, pelos presentes. Claro!
Mas hoje como mãe, vejo que naquela época era tudo tão diferente. Quando pequena lembro que se eu queria muito algo minha mãe me dava de Natal. Era certeiro! E não tinha essa de presentear todo mundo, mesmo em condições financeiras melhores, as crianças só ganhavam presente dos pais e dos avós.

Hoje com a Beatriz eu tento me policiar ao máximo. Ela é a única netA da parte da família paterna, ela é super mimada pelas minhas tias (ambas que não tiveram filhos), eu tenho muitos amigos queridos que são como tios, e claro, ela tem tios!
Então eu sempre tento administrar tudo isso para ela não crescer acreditando que natal é sinônimo de presente e só!

Nesses três anos tem sido relativamente fácil. Ela não demonstra ansiedade pelo natal, não pede milhões de coisas e eu sempre explico que vou comprar algo que ela queira muito. Esse ano ela ganhou sua primeira bicicleta, bem antecipadamente, mas expliquei que era como se fosse presente de Natal. 

Tento também me lembrar sempre que Natal não é preencher um vazio diário com presentes em uma data especial. Que muitos brinquedos perdem a graça depois de alguns dias ou meses. Que muita tralha em casa bagunça. Que criança não liga para marcas. E que um presente, está de bom tamanho.

Creio que uma das funções dos pais é educar conscientemente essas crianças que amanhã serão adultos. Ter uma consciência sobre consumo é essencial!

Então que tal termos um natal mais consciente?Com mais amor e menos presente! E vamos estender, vamos ter um 2013 com mais presença e menos presente!

Isabela Kanupp.